sábado, abril 22, 2006

Existência Obscura...

Passos,
Alma morta,
Vagando no escuro
e condenada ao destino
de estar neste mundo...
Sem cor,
sem vida,
sem uma história de amor...
ou mesmo de dor.
Resto do nada,
Rascunho de Deus,
Ama sem rumo
Vagando pela Terra,
Andando entre almas
que nasceram belas,
com vida e amor,
uma razão para existir.
Com o privilégio de chorar
E ter alguém para sorrir...
Alma Morta,
Cheia de ódio,
De mágoa e rancor.
Ódio da vida
que nunca se viu
e do vazio que o coração,
sangrando,sempre sentiu.
Sofrendo com a dor,
Dizendo com lágrimas
o que a boca calou.
Chorando sozinha,
A profunda agoina
De ser uma alma morta,
condenada à estar viva.

Abs,

* R * T * I * C * O *

sábado, abril 15, 2006

Entre quatro paredes...



Estou perdido no mundo dos meus medos
Estou preso as minhas inseguranças
Estou dominado por fantasias inexistentes
Rodeado de lágrimas que caem de meus próprios olhos
Insônia total...quando não, pesadelos intensos,
pensamentos sujos, ilusões de um amanhã,
lembranças tristes, sentimentos falsos,
movimentos insanos, minha cabeça gira
e não chego a um denominador comum
de o porque estar acontecendo isso,
fazendo com que me sinta dessa maneira...
Me vejo cercado, chateado, triste, solitário...
Nada me faz abandonar meu recinto,
Minhas paredes olham intensamente
aos meus passos loucos, sem coordenação alguma
e forço minha alma a sair dessa condição...
risco as paredes, descrevo minha dor,
tento obter forças sabe-se lá de onde...
já não sinto meu corpo,
estou estranho...este não sou eu...
Após minutos de intensa reflexão,
procuro me idealizar,
me experimentar, ser, desejar...
quero sair, me libertar, extravasar,
gritar, lamentar, apelar, chorar...
sem que ninguém me note...
sem que ninguém perceba...
quero ser anônimo
quero ser um ninguém
quero alimentar meu corpo
com forças vindas do além...
quero fazer de mim um segredo
e somente os deuses poderão desvendar...
quero tirar do meu peito
toda essa dor que ainda vai me matar
quero olhar pra trás
e ter a certeza de que tentei ser feliz
e que se isso não veio a acontecer
é porque o fracasso prevaleceu sobre mim...

Talvez precise sofrer,
Talvez precise chorar,
Talvez necessite morrer,
Quem sabe, se suicidar,
Dar adeus a minha vida,
Adeus a este lugar...


Abs,

* R * T * I * C * O *

Madrugada Fria...

A noite vai chegando
E com ela,
O meu desespero
Por estar na solidão
Por me manter no escuro
Sem saída
Sem solução
Os dias parecem os mesmos
Não consigo encontrar nada
Que desperte a minha mente
A outros e novos horizontes
Estou sempre ligado as mesmas coisas
As mesmas pessoas
E por isso me sinto vazio
De uma tal forma
Que nada me faz reagir
Eu quero sair,
Eu quero fugir
Fugir de minha própria consciência
De que sou eu que conduzo minha vida
Meus dias, meus pensamentos,
Minhas atitudes, minha carência
A esse estado totalmente hipócrita
De quem não sabe viver
Não sabe aproveitar
Não sabe nem ao menos se libertar
Do que o perturba
Algo me deixa sempre pra baixo
Um outro alguém
Que permanece dentro de meu corpo
Iludindo e alucinando minha alma
Aos pensamentos mais sórdidos
De um corpo já não mais habitado por um ser
Ele me inibe,
Ele me constrange,
Ele me frustra,
Ele me joga no chão
Ele me põe pra baixo
A rastejar e me humilhar
Pela minha própria felicidade
Não é justo viver assim
Ser escravo de um alguém
Que habita em mim
Alguém que eu não conheci
Alguém que eu não chamei
Alguém que eu não pensei
Alguém que eu nem sei
Alguém que quer que eu perca tudo
Sem ao menos ter tido nada
Estou no poço mais imundo
Chorando ao olhar pra madrugada.

Abs,

* R * T * I * C * O *

Obs.: Boa Páscoa a todos...

terça-feira, abril 11, 2006

Vida Vazia !!!

Agonia
Angústia
Conclusão
Confusão
Contradição
Desespero
Desilusão
Desprezo
Dor
Dúvida
Fracasso
Frieza
Gritos
Ilusão
Impulso
Incerteza
Indefinição
Injustiça
Insatisfação
Insegurança
Insônia
Lágrima
Loucura
Mágoa
Medo
Ódio
Perseguição
Pesadelo
Preocupação
Rancor
Reflexão
Repetição
Sofrimento
Solidão
Tristeza

Minha vida segue com a mistura disso tudo
Estou com crise de identidade
Não sei o que sou
Nem o que quero ser
Nem o que me conforta
Nem o que farei
Nem o que seguirei
Nem como agirei
Só sei o que me faz sofrer
E se o lance é deixar o tempo resolver tudo
Confesso não acreditar que um dia essa dor vai passar
Mesmo que soubesse meu nome
de onde venho
para onde vou
Se soubesse das coisas que gosto
dos livros que leio
dos discos mais tocados
e da mulher que realmente amei
ainda assim, não saberia quem sou
Continuo confuso
Continuo puto
Continuo triste
Quero idéias novas
Quero voltar a ter motivação na vida
Quero acordar sorrindo
cantando e com vontade de acordar
Quero ter vontade de acordar ao acordar.

Muita Luz
Sorte Sempre


Abs,


* R * T * I * C * O *