quinta-feira, julho 01, 2010

Direito de Ser Feliz ...

Este texto foi enviado por uma pessoa muito especial, a Iza ...
e repleto de verdades, não poderia deixar de postá-lo.

Já reparou q muito do que somos, ou quase tudo, somos porque
aprendemos a ser? Aprendemos a ser o que somos com o lugar
que nascemos, nossos pais, com televisão, jornais, revistas e c/
todo um contexto sócio-cultural.

Mas não aprendemos que podemos ser o que quisermos ou que
podemos criar nosso próprio ser de uma forma que seja só nossa,
sem referências rotuladas religiosas, sociais, culturais, familiares
ou de qquer outra ordem.

Aprendemos a não aceitar q alguém tente ser de seu próprio jeito,
pq achamos q todos precisam seguir a msm fila sem direito algum
de estar se expressando com a mínima originalidade. Qdo aparece
alguém querendo inovar, todos se revoltam dizendo: Ele quer ser
diferente? ou Quer aparecer? e ainda Quem esse aí pensa que é p/
não fazer como todos nós ou andar como todos ou ñ seguir a nossa
moda?

Forçamos os índios a serem como somos e por isso os matamos aos
poucos, assim como fazemos com nós mesmos quando nos forçamos
a ser como os outros qrem q sejamos, sem darmos a mínima chance
à vontade de nossa alma.

O fato é que num mundo pobre e pouquíssimo espiritualizado como
o nosso, infelizmente é proibido ser você mesmo. É proibido alguém
vestir vermelho, só porque outro alguém resolveu ditar que a moda
agora é azul. É proibido não sentir-se triste com a morte de alguém
próximo, só pq todos dizem que a morte é algo triste. Todos dizem q
primeiro amor a gente nunca esquece mas quem disse q um segundo
amor será esquecido?

Aprendemos a achar linda a timidez, mas nem nos damos conta de q
ela é a maneira mais sutil e sofrida de disfarçarmos o nosso orgulho,
nosso medo de que alguém possa nos apontar algum defeito.

Aprendemos a não acreditar em amor s/ ciúmes, sem nos dar conta
de que, ciúme é pura insegurança e não amor. Então, aprendemos q
seguir a alma e aceitar-se cmo se é pode ser perigoso simplesmente
pq à nossa volta alguém pode resolver ñ gostar disso.

Pq é que não aceitamos o outro como ele é ou deseja ser? Pq é que
não damos o direito a alguém de ser quem quiser, como quiser e tb
de descobrir-se? Sabe por que? Pq nós msmos não sabemos ser qm
qremos. Ñ temos essa coragem. Somos frustrados. Seguimos rótulos
pré-formatados. Trabalhamos sem prazer. Trabalhamos por coisas
e não por ideais. Olhamos para todos, menos para nós mesmos, por
termos medo de encontrar em nós, o defeito que sempre apontamos
nos outros. Não conseguimos ser o que qremos por medo e por isso,
impedimos os outros de o fazerem.

Não obstante, os pais frustrados que não foram atrás de seus sonhos
impelem os filhos de o fazerem. Muitas vezes seguimos os caminhos
profissionais q nossos pais qrem que sigamos e aprendemos a fazer
de nossos filhos os mesmos fantoches q fomos. Pior, chamamos isso
de educar.

Seja você. Faça de você e de sua vida uma verdade ainda q mínima,
pois será mais válida que máximas mentiras. Siga seu caminho sem
olhar p/ os rastros dos outros, que podem ter ido direto ao abismo.

Siga seu coração. Erre, mas aprenda. Aprenda, mas ensine. Ensine,
mas com exemplo. Viva intensamente o que seu coração pede e dê
tb esse direito aos outros. Deixe seu cão, seus amigos, sua família,
qualquer um à sua volta ser, viver e errar, pois eles têm o mesmo
direito que por sinal você até tem, mas pode não estar se dando:
o direito de ser feliz.


яτι¢σ ѕτα ¢яυz

segunda-feira, julho 13, 2009

O sol que te aquece já não me satisfaz ...

Mais uma vez a noite se vai e com ela, todas as minhas chances
de melhorar. Pra mim, tanto o mundo qto as pessoas, já não tem
o mesmo valor, perderam o seu significado. Minha mente repleta
de pensamentos insanos, desejos completamente esquisitos e que
me levam a finais que, jamais serão dos mais felizes. Eu tenho
ficado sozinho, mas muito mais do que isso, eu tenho me sentido
sozinho por dentro, com um vazio que não se preenche com absolu-
tamente nada, uma tristeza profunda que me embala perfeitamente
por dias e noites, daquelas que só te deixam com vontade de dor-
mir pra não ter que pensar em nada e pior que nem nos sonhos, o
pesadelo termina. Você dorme e acorda olhando pras paredes, pro
quarto vazio, pra casa escura, e percebe que a única pessoa que
está com você é você mesmo. Eu ando descuidado, deslexado com a
minha vida, problemas familiares, problemas de saúde, problemas
no serviço, vícios que não tinha e que, com essa tristeza somada
a minha fraqueza, passaram a fazer parte do meu dia dia. Ao sair
de casa eu sinto que algo me impede de olhar para as pessoas, e
faz com que eu ande sempre de cabeça baixa, como se eu estivesse
com vergonha da vida que levo ou até mesmo da fraqueza que tenho
apresento perante aos outros. E isso faz com que eu saia somente
para cumprir obrigações, no caso trabalhar. Quando eu volto, fico
trancado no quarto, através de portas que escondem todos os meus
pensamentos e quando fecho os olhos todo absurdo se torna normal.
Nessas horas, de que vale ter família, se só abrem a porta do seu
quarto pra jogar um prato de comida e fecha-la novamente como se
você fosse um cachorro, não existe carinho, não existe conversas,
não existe preocupações, não existe nada além de morarmos sobre o
mesmo teto. Os amigos q são poucos, tem ou sempre arrumam algo
pra fazer, uns jogam na cara toda a sua insignificância pra vida,
outros preferem estar com outras pessoas, outros preferem estar
sozinhos, outros preferem nem te atender, outros até te atendem,
escutam a sua voz triste, o soluçar do seu choro, mas ao desligar
o telefone, deitam em suas camas sem nem sequer pensar em tudo q
aquela outra pessoa esta passando. As vezes fico deitado em minha
cama, olhando pro teto, conversando sozinho, outras vezes quieto,
vivenciando exatamente aquilo em que a minha vida se transformou,
não há em mim mais aquela vontade de viver, aquela vontade de ser
feliz, aquela vontade de sair, de me divertir, de sempre poder ver
e ligar para as pessoas, saber se elas estão bem, aquela vontade de
cantar bem alto e muitas vezes rir com as pessoas te olhando como
se você fosse um louco, mas você não esta nem ai, porque voce esta
feliz e através de um simples olhar, todas as pessoas percebiam isso
e hoje, o que restou disso tudo? Apenas a consciencia de que preciso
de ajuda, de que sou muito novo e tenho que recuperar tudo isso que
havia em mim. Se existe o fundo do poço, diria que já cavei e que
me encontro além desse fundo. Nesses momentos difíceis é preciso
manter a calma, porque o nervosismo te exclui a razão. Só ainda não
consegui uma forma de poder entender e aceitar que o sol q hoje te
aquece infelizmente já não me satisfaz.


Renato Guimarães

terça-feira, maio 26, 2009

O medo te domina ...

É incrível como criamos inúmeras maneiras de nos defender, de nos proteger do sofrimento. Creio que passamos a maior parte de nossas vidas criando novas e mais poderosas formas de não nos expormos. Assumimos papéis, inventamos máscaras, palavras e trejeitos... com um único objetivo: não sofrer.
Aprendemos, desde muito cedo, que o sofrimento chega quando estamos expostos, vulneráveis, abertos para o outro... e isso é verdade! E, assim, acreditamos que só há uma maneira de não sofrermos: nos fechando, nos defendendo, nos protegendo do outro... e isso é mentira! Simplesmente porque não existe nenhuma maneira de não sofrermos!
Proteger-nos do outro é não demonstrar o que sentimos, o quanto amamos; é não compartilhar, não “precisar” (no sentido de admitir que desejamos intimidade com o outro). No entanto, não nos damos conta de que enquanto nos protegemos, tornamo-nos reféns de nós mesmos, transformamos nosso próprio coração numa prisão. Iludidos com a sensação de uma segurança que definitivamente não existe, abrimos mão da possibilidade de experimentarmos sentimentos imperdíveis!
Podemos perceber que estamos nos defendendo do amor quando usamos expressões como: “eu gostaria que ele me desse mais carinho, mas não tenho que pedir isso”! ou “se ele não demonstra que me ama, por que eu deveria fazer isso”?
O problema é quando norteamos nossa vida a partir do outro: “se ele não fizer isso, eu também não faço”, “se ele não disser, eu também não digo”, “se ele não demonstrar, eu também não demonstro”! Poxa! Que raio de contabilidade miserável é essa?!? O amor não funciona desse jeito e, assim, continuaremos todos morrendo de solidão, carência, angústia e depressão!!!
Que tal começarmos a agir por nossa própria conta e risco! Sim, amar é um risco, um enorme risco, mas que não inclui apenas o sofrimento. Neste pacote também está incluso o risco (absolutamente provável) de sermos correspondidos, amados, respeitados, queridos e tudo o mais que possa haver de bom no exercício de compartilhar amor!!!
E aí as pessoas vêm com essa: “mas eu não estarei me desrespeitando se pedir amor, se der mais do que receber, se me expor a esse ponto?”... E eu respondo com outra pergunta: O que é se desrespeitar?! Para mim, desrespeitar-se é fazer algo que você não gostaria de estar fazendo ou, ao contrário, é não fazer algo que você gostaria de estar fazendo.
Portanto, a pergunta mais importante é: o que você quer fazer? Compartilhar seu amor, dar carinho, pedir carinho, demonstrar o que sente, falar sobre seus sentimentos? Então, faça isso!!! Não desperdice sua vida à espera da “permissão” do outro. Não meça a sua capacidade de amar e de se expor e de se tornar vulnerável a partir do outro. Assuma-se, admita-se e, sobretudo, acolha-se!
Vá se percebendo, abrindo-se aos pouquinhos, pedindo devagarzinho... porque assim fica mais fácil reconhecer e respeitar seu limite. E entenda por limite a “linha” que separa o seu desejo da sua verdadeira percepção de que já se deu o quanto gostaria de se dar. Porque, obviamente, não estou defendendo a idéia de que você passe a vida inteira se doando para alguém que não tem espaço para te receber. No momento em que sentir que atingiu seu limite, aja com amor-próprio e recolha-se, para se dar a chance de compartilhar o seu amor com alguém que tem espaço para isso.
Enfim, minha sugestão é que paremos, de uma vez por todas, de justificar nossas atitudes (ou não-atitudes) a partir do outro. Que possamos assumir, pelo menos para nós mesmos e se for o caso, que temos medo de sofrer e, por isso, preferimos não nos expor, não pedir, não demonstrar, não expressar e, tantas vezes, não amar...
Porque quando conseguirmos reconhecer esse medo, certamente nos tornaremos mais dispostos e disponíveis para o amor. Teremos compreendido, finalmente, que não-sofrer é impossível. Sofrer faz parte do processo de viver, é inevitável. Mas não-amar talvez esteja sendo uma escolha ingênua e infantil, infelizmente feita por muito mais pessoas do que supomos.

Rtico

domingo, dezembro 28, 2008

Nossos passos . . .

Diz pra mim que você enfrentaria mares e tempestades
para estar comigo. Que se você tivesse sete vidas,
viveria todas exclusivamente por mim. Que meu coração
é quem faz pulsar o sangue que corre em suas veias.
Que meus beijos são os teus remédios. Que seus passos
mais importantes, só acontecem quando estou com você.
Que você vai me fazer feliz sem igual e que todos os dias
que passarmos juntos, amanhã serão nosso passado, mais
também nosso presente e futuro. Diga-me tudo, apenas
com uma palavra de amor, mesmo que ela seja muda, mas
que me passe a mesma certeza, como aquela com que eu te
digo, que minha vida só é vida, porque eu tenho você.


Abs,

RTico

quinta-feira, setembro 25, 2008

Ser adulto ...

Sempre acho que namoro, casamento, romance
tem começo, meio e fim, como tudo na vida.
Detesto quando escuto aquela conversinha:
'Ah, terminamos o namoro...'
'Nossa, quanto tempo?'
'Cinco anos, mas não deu certo... acabou'
'É, não deu...'
Claro que deu.
Deu certo durante cinco anos, só que acabou.
Não acredito em pessoas que se complementam,
acredito em pessoas que se somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento
de você para você mesmo, como cobrar do outro?
Às vezes ela é fiel, mas não é boa de cama.
Às vezes ela é carinhosa, mas não é fiel.
Às vezes ele é atenciosa, mas não é trabalhadora.
Às vezes ela é malhada, mas não é sensível.
Tudo por completo nós nunca temos.
Perceba o que é mais importante e invista nele.
Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra.
O outro tem o direito de não te querer.
Não lute, não ligue, não dê pití, não corra atrás,
tenha orgulho próprio e saiba seguir só.
Se a pessoa tá com dúvida, o problema é dela,
cabe a você simplesmente esperar ou não.
Existem pessoas que precisam da ausência
para quererem a presença. O ser humano não é absoluto.
Ele titubeia, tem dúvidas e medos mas se a pessoa
REALMENTE gostar, pode ter certeza de que ela volta.
Bom é ter alguém que está com você por você e vice versa.
Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso,
não é compartilhado e qdo você acorda a primeira impressão
é sempre sua, seu olhar, seus pensamentos.
Gostar dói.
Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração.
Faz parte. Você namora um outro ser, um outro mundo.
E nem sempre as coisas saem como você quer.
A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.
Se alguém vier com este papo, corra, você não é terapeuta.
Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.
Na vida e no amor, não temos garantias.
Quem disse que ser adulto é fácil?

terça-feira, maio 06, 2008

Palavras de saudade em atos sinceros de amor...

Estou enclausurado, preso em mim mesmo, trancado as margens de uma tristeza contínua e avassaladora, que me consome a alma, que me explode o peito, que enche os meus pensamentos de perguntas, sem uma resposta sequer. As soluções parecem não me despertar o interesse e tudo se torna cada vez mais complicado, tanto de se entender como principalmente de agir, estou preso entre as medidas de minhas lágrimas e meus sorrisos e mesmo tendo total consciência do que se faz prevalecer nesse momento, algo me afasta disso tudo e me deixa totalmente distante da realidade que um dia sonhei pra minha vida. A imagem refletida no espelho já não é mais a minha, já não encontro mais sorrisos, já não vejo mais o brilho em meu olhar, já não encontro caminhos que sejam seguros, já não vejo maiores esperanças e o único sonho, o de ser sempre feliz, vai ficando cada vez mais distante de mim. Deixei de viver pra amar e fiz da minha vida, um degrau a mais para a sua felicidade. Amei e não fui compreendido, mergulhei em um poço profundo de rosas e sai coberto de lágrimas e intensos hematomas em volta dos meus sentimentos, aqueles mesmos que um dia dediquei somente a você. Perdi a alegria de viver, perdi a noção do tempo, perdi a vontade de tudo e a única coisa que ainda me resta, é o amor que sinto por ti. Venho tomando facadas constantemente em meu peito e o meu respirar já anda cansado, devagar, entregando-se aos poucos e me conduzindo assim, a um final que não é feliz, que não tem beijo na boca, que não tem risos, que não tem abraços, somente mais uma história de amor escrita por linhas tortas e que logo serão esquecidas. Tudo o que eu queria era um pouco mais de carinho, era ter aquela interminável e incansável sensação de me sentir amado, de me sentir importante e com toda certeza, pra pessoa que eu mais amo nesse mundo, queria uma palavra de amor, um gesto de carinho, um olhar meio que disfarçado, um abraço rápido que fosse, mais em que eu sentisse acima de tudo que estava sendo sincero. É ruim olhar para os lados e não ver a sua imagem, é ruim fechar os olhos e não sentir o seu cheiro, é ruim sentir o peito apertar de saudade e não te ter aqui pra me aquecer, é ruim ouvir o toque suave da sua voz somente ao telefone, quando o que eu queria mesmo, era te-la bem rente aos meus ouvidos, é ruim não ter as suas mãos pra me dar carinho quando voce me faz repousar no seu colo, é ruim você ser incompreendido pelas palavras que vem diretamente do maior bem que você tem, do seu coração, enfim, é ruim dizer um eu te amo e ouvir apenas um, que bom.


Sem mais,

Reh.


terça-feira, outubro 23, 2007

... palavras em silêncio...

Ainda sinto, ainda vejo... como se tudo tivesse acontecido ontem... desde o toque desesperador e angustiante do telefone as lágrimas no final de tudo...
Aquela noite, eu já não conseguia dormir, me virava para um lado, me revirava para o outro... o sono atrasado mas pouca vontade de dormir, mesmo sabendo que era necessário naquele momento, um instante de descanso a minha mente, corpo e alma... as pernas já cansadas da correria do dia quase não se mexeram pra atender o maldito telefone... mas mesmo assim fui forte, já imaginando que o soar daquela linha e aquela hora, não seriam coisas boas, a não ser que realmente fosse algum engano... No meu simples atender, um alô meio tímido, ingênuo eu disse... esperando ouvir uma resposta, calei-me... ao invés de vozes, escutei barulhos, sirenes, gritos de desespero, almas perdidas em algum lugar ao qual nem eu mesmo sabia o onde era... junto com todo aquele barulho, pude sentir a linha cair, me deixando totalmente preocupado com algo que poderia estar acontecendo além de uma dúvida enorme de com quem estaria acontecendo algo... me perdi dentro de mim mesmo, onde não tinha reação além dos pensamentos soltos, mas sempre repletos de dúvidas... que viajavam pela minha cabeça estremecendo todo o meu corpo... o peito batia a cada instante ainda mais forte.. enquanto esperava outra ligação, fui ligando pelo celular para as pessoas as quais tinha algum contato mais próximo... as reações foram as mais adversas possíveis... umas se calavam, outras agradeciam a lembrança, outras reclamavam pelo horário, outras me xingaram mas enfim, em todas as ligações tive a certeza de ter sim amigos e familiares mas acima de tudo, sentir que eles estavam bem... mesmo com formas diferentes de me darem essa garantia... impossível tentar dormir.. a casa toda vazia... meu corpo estático, completamente paralisado, mas ao mesmo tempo, vagando pela casa inteira... nada parece estar a meu favor... um copo d água pra me refrescar, junto com um remédio pra acalmar ao coração aflito... e continuo na espera... junto meus joelhos ao chão e peço para que Deus proteja quem quer que seja que tenha estado por trás daquela ligação... vou até a sacada, um copo de uísque, cigarro na mão e aquele vento forte batendo em meu rosto, jogando meus cabelos para um lado e para o outro, ao qual mesmo com toda preocupação e desorientação mental, pude sentir a liberdade bem perto.. aquela de poder me embalar naquele vento e voar... voar em busca do nada em um simples dia... um dia qualquer enfim... olho o carro parado no estacionamento do prédio, mas pra onde ir? por onde realmente começar? por quem mais pensar? como agir? Não poderia simplesmente vagar pela estrada... sem saber se eu iria realmente chegar ao rumo, ao destino certo.. mas pensando bem, talvez aquilo fosse um simples engano, onde a pessoa poderia simplesmente ter visto que ligou errado e desligou... talvez não... o telefone toca novamente... corro pra atender mas ele desliga antes do meu alô em desespero... pronto... agora realmente não seria mais uma simples coincidência ou até mesmo engano... ligo a TV... quero assistir algo que me distraia... mas hoje, sem chance... não há absolutamente nada de interessante ou que realmente possa despertar a minha atenção nesta madrugada... canais com jornais reprisados, com filmes pornôs, com ajudas de igreja... um riso sai naturalmente, talvez pela diferença ao extremo de tudo... me imaginei em outros seres... uns assistindo toda aquela pregação fanática... e outros se matando de tanto ver sexo... talvez com um alguém do lado... mas... talvez não...rs... ai ai ai... deixa eu voltar ao meu relato.. derrepente me surge um toque estranho no celular, era uma mensagem... corro para o quarto e antes mesmo de olhar o seu conteúdo, fui ver de quem era... um numero restrito a qualquer retorno ou identificação... por dentro, apenas as palavras.. eu esperei por você... até onde eu consegui... as palavras tocaram meu coração e na hora já soube de quem se tratava... não acreditava que podia ter me esquecido justamente desta pessoa... que me deu apoio, carinho, que enxugou minhas lágrimas em momentos de desespero, que segurou em minhas mãos e me fez acreditar no brilho da lua, na energia que uma simples e pequena estrela traz a sua noite, mesmo quando você esta dormindo enquanto tudo isso acontece... na intensidade real e sincera de sentimentos.. mas, como pude... como pude me esquecer... aperta o peito e começo a tremer, soar... como jamais havia acontecido comigo antes... ao mesmo tempo, o medo de ter acontecido o pior me assustava e então liguei para um amigo ainda mais próximo desta pessoa... que simplesmente desligou o celular sem nem sequer ouvir as minhas palavras, tirar as minhas dúvidas, sentir o meu carinho, o meu apoio e a minha preocupação... essa pessoa devia estar bem próxima a ela, eram inseparáveis... agora que não dormiria mesmo... crise de choro, arrependimento por coisas que não fiz mas que nem chance as tive de fazer...
Enquanto eu escrevia uma mensagem pra ela, meu celular tocou uma música conhecida aos meus ouvidos, (mudaram as estações, nada mudou, mas eu sei que alguma coisa aconteceu, esta tudo assim, tão diferente... se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar, que tudo era pra sempre, sem saber, que o pra sempre, sempre acaba) ....era uma nova mensagem e desta vez, sabia a sua origem... foi a pessoa que desligou o telefone quando preocupado, tentei obter maiores informações... e na mensagem, os simples dizeres... era a despedida dela, que sofreu, chorou e partiu... esqueça, volte a dormir...Meus olhos se encheram de lágrimas ao mesmo instante em que enviava uma mensagem a seu celular...onde nela, eu dizia, Me perdoe, eu te amo e por favor não me esqueça....

... palavras que não foram ditas,
palavras que não foram lidas,
que ficaram em um silêncio qualquer...





Abraços,



* R * T * I * C * O *